sexta-feira, 29 de julho de 2011

JORNAL A TRIBUNA INFORMA:

Irmã Dulce

Estado promete repasse, mas hospital diz que atendimento será suspenso na segunda


Victor Miranda


Créditos: Adalberto Marques
Instituição diz que vai cortar 50 leitos a partir de segunda

A queda-de-braço entre a Prefeitura de Praia Grande e a Secretaria da Saúde do Estado continua. O entrave, mais uma vez, é o repasse de verbas estaduais para o Hospital Irmã Dulce. Ontem, a Administração Municipal informou que a partir de segunda-feira a unidade hospitalar não atenderá pacientes de outros municípios. Segundo a Prefeitura, os constantes atrasos no encaminhamento dos R$ 900 mil mensais induziram a essa medida, uma vez que a unidade passa por "graves problemas econômicos". 

Os R$ 900 mil servem para custeio de 50 leitos, sendo 30 de clínica cirúrgica e 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, desde abril o repasse não é feito. O Estado anunciou no início da noite de ontem o pagamento de duas parcelas atrasadas. A secretaria reclama que o valor contratado sofre uma série de descontos e chega sempre menor do que o estabelecido. A Prefeitura garante que, independentemente do Estado quitar todo o dinheiro atrasado, a suspensão do atendimento às pessoas de fora da Cidade será mantida. 
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"A medida foi necessária para assegurar a capacidade de atendimento de saúde à população. O Município continua aberto para negociar com o Governo do Estado, mas,caso exista interesse de prosseguir com a parceria, a forma de contrato precisará ser revista", informa o secretário Adriano Bechara.

Segundo o coordenador da Agência de Saúde da Baixada Santista, David Uip, o Estado arcará com os meses que estão faltando. Ele explica que desde o começo do ano, mantém diálogo com a Prefeitura de Praia Grande, justamente para agilizar a liberação dos recursos. Por ser um momento de transição, Uip afirma que esperava um pouco mais de paciência.

"Detectamos que havia demora no repasse. Ficou decidido que a conta seria paga mais à frente. Se ficou acertado R$ 900 mil, o Estado vai pagar e, se no mês seguinte, o custo for inferior, o valor será descontado",garante Uip. Ele critica a postura do Município, que tem feito ameaças frequentes de fechamento de leitos contratados junto ao Estado. "Todos nós estamos empenhados em resolver o problema da saúde na Baixada Santista. Esse resgate demanda uma mudança de processos importantes".


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